Desde o princípio, quando o Brasil foi invadido e conquistado pela Coroa Portuguesa, essas terras foram divididas em grandes latifúndios monocultores, as famosas plantations. Aos poucos extinguiu-se a população indígena e seu hábito nômade de plantio, logo surgiram os escravos e a mão forte do senhor feudal para fazer do Brasil um grande país produtor.
A princípio era a cana. Depois veio o café. O tempo foi passando e enfim chegou a idade moderna, o fim da escravidão, a república. Apesar de toda evolução, a agricultura expansiva, das monoculturas, continuava a dominar o país. Porém, pequenos núcleos de agricultores livres começavam a surgir, espalhando-se em pequenas propriedades. Começava a ganhar força o que nós conhecemos hoje como Agricultura Familiar.
Até essa época, existia somente a Agricultura Orgânica. As pessoas não precisavam de químicas ou agrotóxicos para fazer suas plantações. Tampouco existiam máquinas como tratores ou mesmo geladeiras. O Brasil era um país rural e a maior parte de sua população se concentrava no campo.
Na década de 1930, países europeus cobravam do Brasil a inserção das novas ferramentas tecnológicas no campo. O mundo ansiava por guerra. A revolução no campo teve de esperar.
Na década de 1950, novas tecnologias chegavam ao Brasil. Com o fim da guerra, a sucata bélica precisava tomar outros fins. Fábricas de tanques de guerra se transformaram em fábricas de tratores rurais. Muito da brutalidade da guerra foi inserida no campo. Agrotóxicos passaram a fazer parte do cotidiano do camponês.
Substâncias perigosas que trouxeram doenças novas e desconhecidas. Sementes transgênicas começaram a ser produzidas e inseridas na agricultura. A máquina, cada vez mais, substituía a mão de obra humana. A população rural começou a diminuir e migrar para cidade.
Nesse contexto, ficou mais difícil para o agricultor familiar, desprovido da tecnologia rural, competir no mercado de alimentos. A criação de novas leis e de novos institutos fiscalizadores pôs na berlinda as técnicas tradicionais utilizadas pelos agricultores familiares e pelos remanescentes de povos tradicionais indígenas e quilombolas. Os métodos de cultivos tecnológicos passaram a ser reconhecidos como os mais apropriados e as técnicas antigas (como a da coivara) foram proibidas e relegadas ao esquecimento.
O renascimento orgânico.
No entanto, ainda na década de 70, diversos grupos de agricultores alternativos passaram a se multiplicar pelo mundo. Nascia uma nova ciência baseada em práticas de manejo ambiental ancestrais. Utilizando conhecimentos tradicionais que foram transmitidos de gerações em gerações, a Agroecologia busca resgatar e sistematizar a sabedoria dos povos da terra junto a outras ciências ambientais, para que possamos compreender como essas sociedades, ditas primitivas, sobreviveram por tanto tempo sem causar qualquer desequilíbrio ao meio ambiente.
Recentemente, com a valorização do alimento orgânico, que não é geneticamente modificado nem utiliza pesticidas e agrotóxicos, a agricultura familiar ganhou um novo fôlego. Pequenas populações rurais enxergaram na produção orgânica a possibilidade de produzir de maneira competitiva no mercado de alimentos sem que tenham que abaixar tanto o preço dos seus produtos.
Veja vídeo abaixo sobre família de produtores orgânicos do Vale do Brejal:
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