Mais uma vez o “processo histórico” vem destruindo a memória dos povos da terra e avançando sobre as matas e florestas. Destruindo o que resta da nossa ‘ainda intocada’ área verde. Dessa vez o projeto vem a reboque, em super-velocidade, impulsionado por um jato supersônico de duas turbinas, uma chamada Copa do Mundo e a outra Olimpíadas.
Essa semana as vítimas do desenvolvimento são a APA Marapendi, situada na Barra da Tijuca, e os índios de diversas etnias que há anos convivem em harmonia na Aldeia Maracanã. Local onde ficava o antigo museu do índio, ao lado do estádio de mesmo nome.
A demolição de um prédio histórico e a destruição da reserva ecológica são vitimas do mesmo mal que agora assola a cidade do Rio de Janeiro: a especulação imobiliária.
Novamente atitudes arbitrárias tomadas sem consulta pública fizeram do prefeito Eduardo Paes o grande vilão da semana. Atitudes que surpreendem por terem sido tomadas pouco menos de um mês após as eleições. Porque será que não foram anunciadas antes? Porque o atual e re-eleito prefeito não anunciou os ‘benefícios’ a população antes da corrida as urnas?
Esta pergunta tem fácil resposta. Difícil é descobrir quem mais está lucrando com estas obscuras parcerias público-privadas onde bancos públicos financiam obras particulares, usando como desculpa, paradoxalmente, a falta de dinheiro público.
Sabemos que o prefeito não toca esse barco sozinho e muita gente podre esta ganhando dinheiro nessa história. Construtoras, empreiteras, capital especulativo estrangeiro… as portas da nação estão abertas para um processo histórico infreável a mais de cinco séculos.
E agora em grande liquidação: é só entrar e levar.
Veja também:
Vídeos:
Índios contra a demolição da Aldeia Maracanã:
http://video.br.msn.com/watch/video/indios-contra-demolicao-da-aldeia-maracana/kpk06u44
Desmascarando a audiência pública para consessão do Maracanã:
Canais de comunicação da Aldeia Maracanã:
http://www.facebook.com/centro.indigena
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